Imagino que muitos de vocês, nos últimos dias, escutaram notícias sobre o aumento de temperatura no planeta, que a Terra ficou 0,69 graus mais quente em 2014, que são dados alarmantes, que vão aumentar as catástrofes, que, que, que… A pergunta é mais simples: Você se importa com isso?
A grande questão é que a maioria das pessoas que tiveram contato com essas notícias divulgadas pela agência americana NOAA (National Oceanic and Atmospheric Association), divulgou na última sexta, 16, relatórios com informações muito sérias. Desde 1880, quando iniciaram os registros meteorológicos pela instituição, nunca houve um ano tão quente.
Se essa tendência persistir (ou piorar) poderíamos imaginar nos próximos 10 anos, por exemplo, o planeta estará em torno de 7 graus mais quente. Se você amanhã, amanhecer 0,69 graus mais quente você terá sintomas e sensação de febre. Parece um exemplo bobo mas esse reflexo tem sido percebido em vários lugares do planeta. Imagine todos ecossistemas expostos a essas variações climáticas. Essa é a situação que encontramos no hemisfério Norte de muito frio e no hemisfério Sul percebemos enchentes e fontes secando.
Se esse ritmo persistir teremos muitos empreendimentos a beira mar comprometidos. Essa realidade, os que vivem no Nordeste, já percebem muito bem. O mar vem avançando muito e rápido. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão um ano difícil por conta das poucas chuvas na região nesse início de ano. O cenário, do ponto de vista ambiental, é calamitoso. Na cidade de São Paulo, por exemplo, estão ‘chovendo’ relatos de empresários tendo que limitar suas atividades ou tendo que pagar muito caro por água para não deixar as portas fechadas.
Alguns países se recusam a assinar protocolos internacionais voltados a questões climáticas. O que vem se demonstrando é uma inoperância política ou ‘vistas grossas’ sobre o real impacto dos efeitos climáticos. O que parece é que decisões serão tomadas para prevalecer o poder e o resultado econômico delas. Quando afetar efetivamente o bolso daí vão querer se mexer – se ainda houver tempo.
O fato é que para continuidade da vida nesse planeta necessitamos nos unir, não apenas em prol dos resultados financeiros, mas para pensarmos que nossos filhos e netos dependem diretamente das nossas ações nesse momento. Empreendedores precisam arregaçar as mangas para desenvolver técnicas, processos e produtos menos impactantes ao meio ambiente.
Gostaria muito que meu filho, que chega ao seu primeiro ano de vida essa semana, tivesse um planeta mais sadio ao atingir minha idade. Se continuarmos nesse caminho, ele terá uma temperatura de 62 graus à sombra. Creio que não seja muito agradável essa temperatura. O fato é que precisamos todos pensar nesse assunto.