Todo pai ou mãe se preocupa com o tempo que os filhos passam em frente ao videogame ou computador jogando. Porém, você sabia que é possível ganhar dinheiro em competições de e-Sports?
Pode parecer loucura, mas o cenário de jogos eletrônicos tem chamado muito a atenção de grandes marcas.
Porém, não pense que jogando apenas duas horinhas casualmente por dia irá tornar você um Pro Player, como são chamados os profissionais de videogame.
Na verdade, essa carreira é levada realmente a sério. Os melhores jogadores afirmam que jogam, no mínimo, 10 horas por dia, durante todos os dias da semana.
Por conta dessa profissionalização do cenário gamer, tornar-se um pro player se ficou muito mais competitivo e o mercado dos e-Sports não para de crescer, principalmente quando falamos de audiência e patrocínio.
O jogo Fifa, por exemplo, simula jogos de futebol e já possui mais de 40 milhões de jogadores. Por isso, chama bastante atenção de grandes clubes de futebol, como também no mundo.
Nesse episódio da coluna Vida Digital, nós conversamos sobre a grande explosão do mundo dos jogos na vida cotidiana de milhões de brasileiros.
Além disso, também batemos um papo sobre como funciona a vida de um jogador profissional, como tudo isso surgiu e, principalmente, qual o impacto dela no nosso dia a dia.
Portanto, se você adora ficar por dentro de todas as novidades do mundo digital, saiba que estou todas as terças-feiras na CBN Cotidiano de João Pessoa tratando sobre temas como empreendedorismo, marketing, futurismo, tendências e muito mais.
Conto com a sua presença!
Nesse artigo, iremos tratar sobre:
- O que são os e-Sports?
- Como tudo começou…
- Principais jogos da atualidade
- O surgimento de novas profissões nos e-Sports
- A incrível base de fãs dos e-Sports e os prêmios milionários!
- O mercado de jogos eletrônicos no Brasil
Confira!
O que são os e-Sports?
Os e-Sports (abreviação de Eletronic Sports, ou Esportes Eletrônicos) são competições profissionais de jogos eletrônicos, populares principalmente entre os jovens do mundo todo.
Portanto, podemos dizer que o mundo de e-Sports funciona de maneira semelhante ao dos esportes tradicionais: um jogador que é muito bom no que faz é contratado por uma equipe e passa a representa-la nas competições.
Sendo assim, apenas os melhores dos melhores possuem a oportunidade de jogar profissionalmente. Em decorrência disso, os e-Sports atraem milhões de espectadores diariamente em suas competições online, maiores até mesmo do que a própria televisão.
Em um grande torneiro de League of Legends, o Campeonato Mundial que ocorreu em 2016, a competição atraiu mais de 43 milhões de espectadores simultaneamente.
Além do LOL (abreviação do League of Legends) outros jogos movimentam intensamente o mercado. São alguns dos principais jogos do momento como Counter-Strike: Global Offensive, Dota 2, Paladins, Rocket League, FIFA, Clash Royale, Minecraft, Fortnite, Call of Duty, World of Warcraft, entre outros
Se você nunca ouviu falar desse game, o League of Legends é um dos jogos de estratégia e ação mais conhecidos da atualidade.
Nas competições internacionais de e-Sports, os jogadores lutam para se tornarem os melhores, competindo por prêmios que ultrapassam os US $ 25 milhões aos participantes.
Como tudo começou…
Apesar do mercado de e-Sport no Brasil ter começado a sua expansão por volta de 2015 com campeonatos presenciais em grandes arenas e estádios de futebol, a primeira competição que se tem registro ocorreu a quase 50 anos atrás.
Tudo começou em 1972 quando foi lançado o primeiro console de videogame do mundo, o Magnavox Odissey. Como você deve imaginar, o equipamento ainda era bem rudimentar e funciona apenas em televisores de 18 e 25 polegadas. Além disso, não possuía som algum.
A ideia da criação do jogo era justamente substituir os tabuleiros físicos pela televisão. É claro, no entanto, que seria necessário comprar alguns acessórios para que todos os recursos pudessem funcionar.
Além disso, esse videogame permitia que apenas dois jogadores se divertissem ao mesmo tempo com os jogos.
Porém, a grande importância foi que essa novidade abriu espaço para que outros produtos do tipo surgissem no mercado mundial.
Na Universidade de Stanford, Estados, foi realizada a primeira competição de videogame, ainda na década de 70. Nessa ocasião, a competição foi realiza no jogo Spacewar,
Primeiros campeonatos
Já em 1980, a empresa Atari também realizou um campeonato em que haviam mais de 10 mil competidores.
No entanto, a seriedade e o profissionalismo das competições de e-Sport começou a se popularizar apenas nos anos 2000 com o surgimento de jogos que estimulavam a competitividade dos jogadores, sendo um dos principais o Counter Strike, o jogo de tiro mais famoso do mundo.
No entanto, os jogos da modalidade MOBA sempre foram os grandes destaques do cenário competitivo de e-Sports, sendo os principais o Dota 2 e League of Legends.
A partir de 2012, o mercado de e-Sport se tornou ainda mais ativo no país com a vida da Riot Games, conhecida mundialmente pelo League of Legends. Assim, foi desenvolvido o Circuito Brasileiro de League of Legends (CBLoL), campeonato onde os melhores times do país disputam pelas vagas nas competições mundiais.
A primeira final do CBLoL ocorreu durante o Brasil Game Show de 2012, a maior feira de games da América Latina.
Já em 2015, a final do campeonato teve como sede o Allianz Parque, casa do Palmeiras. Na época, foram vendidos mais de 12 mil ingressos e o prêmio para o clube vencedor era de 60 mil dólares.
O mundial de League of Legends tem como premiação cerca de 2 milhões de dólares. Além disso, a Riot Games também tem a tradição de criar skins (cosméticos) para cada jogador campeão dessa competição dentro do jogo.
Todo esse sucesso dos e-Sports atrai cada vez mais os olhares dos jovens apaixonados por games, seja para competir ou simplesmente acompanhar e torcer pelo time favorito.
Além disso, também existem outras diversas sensações no mercado de videogames, como o Fifa, CSGO, Fortnite, Overwatch e PUBG.
O surgimento de novas profissões nos e-Sports
O cenário dos e-Sports funciona de maneira semelhante à do futebol. Os jogadores profissionais são contratados por grandes equipes e contam com o suporte de treinadores, psicólogos e até mesmo patrocinadores.
Além disso, a maioria dos times formam uma gaming house, um centro de treinamento onde todos os jogadores do time moram. Isso, pois é comum que os jogadores sejam de várias partes do país e grande parte dos campeonatos de elite são presenciais.
Porém, não pense que a rotina desses profissionais é fácil. O técnico do time, por exemplo, precisa estar sempre estudando, não apenas o jogo, mas também diversas disciplinas para motivar e melhorar o desempenho do time.
Além disso, um bom profissional deve sempre estar atento às atualizações do game e nos principais campeonatos e tendências mundo a fora.
O dia a dia do cyber atleta também é bastante intenso. Embora o esporte eletrônico não esteja ligado diretamente ao físico do jogador, é bastante comum encontrar equipes que possuem um nutricionista e que estimule atividades físicas.
Não apenas isso, mas os jogadores também precisam trabalhar bastante a parte psicológica. Afinal, a estabilidade emocional é uma arma poderosíssima para qualquer profissional.
Para isso, as equipes também contam com psicólogos e coachs para ajudar os atletas com a pressão do dia a dia.
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A incrível base de fãs dos e-Sports e os prêmios milionários!
Ainda que pareça algo surreal, essa enorme competitividade que existe nos e-Sports se tornou algo comum apenas a alguns anos atrás. Sendo assim, as principais marcas patrocinam equipes e competições para atingir, principalmente, o público jovem.
Os torneios mundiais contam com prêmios cada vez maiores, algo beirando a milhões. O público? Nem se fala. Com um público enorme, as transmissões são realizadas através de plataformas de streaming como Twitch e Yotube, além de canais de tv a cabo.
Quando falo em prêmios milionários, não estou exagerando. O International 2018, o torneio mundial do jogo Dota 2, teve como valor total de prêmios US $ 25,5 milhões!
A final reuniu mais de 15 milhões de pessoas assistindo nas principais plataformas de streaming, entre elas a Twich, da Amazon.
Ao assistir as transmissões de e-Sports, com certeza você verá uma grande semelhança com as transmissões de esportes tradicionais. Os espetáculos envolvem comentaristas, análises e estatísticas.
Grande parte desse público é da Ásia, que possui uma rica história quando falamos em jogos eletrônicos. Além das transmissões frequentes nos canais de TV, o continente conta com os melhores times do mundo de League of Legends e StarCraft.
Segundo pesquisa realizada pela “NewZoo” agora em 2019, o Brasil é o décimo terceiro maior público consumidor do mundo na área de Jogos Eletrônicos. Os maiores são China, Estados Unidos e Japão.
Tamanho do mercado
No Brasil a pesquisa demonstrou que cerca de 9 milhões de pessoas são consumidores assíduos de jogos eletrônicos, possuindo uma sazonalidade de pessoas que jogam ou acompanham chegando a cerca de quase 21 milhões de seguidores.
Esses números já representam uma audiência maior que o time do São Paulo Futebol Clube, que segundo dados do último levantamento de torcidas, é terceira maior torcida de futebol do Brasil, perdendo apenas para o Flamengo e Corinthians, respectivamente.
No Fifa grandes patrocinadores apostam no Wolves, time da Premier League e que possui como parte do elenco jogadores brasileiros.
Porém, não pense que os times de futebol do Brasil estão criando centros de treinamento para o futebol online. Na verdade, o que acontece é que eles estudam o mercado e suas tendências, investindo assim em outras equipes de diversos jogos eletrônicos.
O Flamengo e Santos, por exemplo, são exemplos que investem em outros jogos. O Flamengo, por exemplo, esteve na final do CBLoL 2019, que é o campeonato brasileiro de League of Legends e foi transmitido nos canais de TV por assinatura. Na ocasião, a equipe rubro negro venceu a INTZ e representou o Brasil no campeonato mundial de LoL de 2019.
Além disso, o ex-jogado futebol considerado como um dos melhores de todos os tempos, Ronaldo Fenômeno, é um grande investidor de League of Legends. Além de ser dono da CNB e-Sports Club, também participou da premiação do Mid Season Invitational, um dos principais campeonatos internacionais do game.
Apesar disso, podemos dizer que o cenário de LoL no Brasil ainda não é um dos favoritos durante campeonatos internacionais.
No entanto, no CS-GO, os brasileiros são considerados os melhores do mundo e estão sempre surpreendendo nos campeonatos mundo a fora.
O mercado dos jogos eletrônicos no Brasil
A paixão pelos jogos eletrônicos há muito tempo deixou de ser apenas um hobbie e se tornou uma indústria bastante lucrativa. O Brasil ocupa a 13° posição no ranking dos maiores mercados mundiais de games.
Esse crescimento proporciona inúmeros benefícios tanto para jogadores quanto empresários que estão dispostos a entrar nesse novo mundo, mostrando-se como uma excelente área para investimentos.
Isso, pois a indústria de games já emprega mais de 4.000 pessoas no país inteiro. Assim, o mercado movimenta mais de US $ 1.5 bilhão por ano, cerca de R$ 6 bilhões.
Além disso, um dado muito importante é que existem mais de 75 milhões de jogadores casuais no país. Desses milhões de fãs, cerca de 83% já compraram ao menos um item nos jogos nos últimos seis meses durante antes da pesquisa, segundo a Newzoo.
Esses dados refletem ainda melhor no mercado de trabalho dos jogos. De acordo com o 2° Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais (IBJD), a quantidade de desenvolvedores de jogos cresceu 164% entre 2014 e 2018, saltando de 142 para 375 empresas.
No Brasil, grande parte dessas empresas estão situadas na região Sudeste, afinal, é o principal polo tecnológico do país.
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