Criar o seu próprio negócio é algo bastante desafiador. Além de precisar de um bom capital inicial, os riscos são enormes. No entanto, os últimos anos têm sido definidos por grandes novidades no mercado tecnológico e empresarial, principalmente por conta do desenvolvimento de startups.
Muitas pessoas acreditam que o modelo de funcionamento tradicional das empresas ainda é a melhor forma de gerir um negócio. Porém, acredito que as startups irão moldar a economia do futuro.
Para você entender o que estou falando, basta olhar ao seu redor como esse novo modelo de negócios está impactando o mercado brasileiro e formando uma verdadeira revolução no mundo inteiro.
No entanto, ao contrário do que você pode pensar, não precisa de nenhuma grande ideia para começar a sua startup. Na verdade, trabalho duro e conhecimento do cliente e disposição para correr riscos em busca dos seus sonhos são as habilidades mais importantes.
Nesse episódio da coluna Vida Digital, nós conversamos bastante sobre o desenvolvimento de startups no Brasil e como fazer na prática para que a sua nova empresa tenha sucesso.
Além disso, explicamos o que de fato são startups, como iniciá-las e os principais tipos que existem.
Portanto, se você adora ficar por dentro de todas as novidades do mundo digital, saiba que estou todas as terças-feiras na CBN Cotidiano de João Pessoa tratando sobre temas como empreendedorismo, marketing, futurismo, tendências e muito mais.
Nesse artigo, iremos tratar tudo sobre infoprodutos, abordando:
- O que é uma startup?
- Principais características de uma startup
- Como as startups são iniciadas
- Qual a diferença de uma startups para as pequenas empresas
- 6 tipos de startups
Confira!
O que é uma startup?
As startups geralmente são criadas por 1 a 3 fundadores que possuem uma boa ideia para atender a um pequeno grupo de mercado. Assim, eles concentram recursos juntos para capitalizar essa demanda do mercado, desenvolvendo um produto, serviço ou plataforma.
Nos estágios iniciais de lançamento, essas empresas costumam ser autofinanciadas pelos próprios membros fundadores.
Porém, também existe a opção de garantir um financiamento por meio de investidores ou até mesmo fazer empréstimos para desenvolver o empreendimento, sendo essas duas opções o início de cerca de 66% das startups.
Por esse motivo, também são consideradas empresas de alto risco. Na maioria dos casos, são focadas em recursos tecnológicos, sempre mirando no potencial de crescimento do produto.
Ao contrário do modelo de empresa tradicional, que são previsíveis antes mesmo de iniciar suas atividades, as startups buscam formas inovadoras para atender às demandas do mercado.
Assim, podemos dizer que outro grande risco que as startups correm é justamente por estar em caráter experimental, afinal, sua forma de operação é diferente de todas as outras.
No entanto, acredito que o espírito jovem e moderno que as startups carregam consigo são um reflexo do mundo que vivemos hoje. Afinal, a grande velocidade em que ocorrem as mudanças exigem empresas cada vez mais capazes de se adaptar de maneira rápida e produtiva com o auxílio do poder digital.
Principais características de uma Startup
Quando conhecemos de perto o modelo de startup, fica bem fácil entender que elas possuem características únicas e que as diferenciam de qualquer outra empresa.
A maioria das pessoas caracterizam uma startup como qualquer pequena empresa durante o seu período inicial. Já outras pessoas acreditam que as startups são empresas de baixo custo, mas com lucros cada vez maiores.
No entanto, a definição mais atual é um negócio escalável e repetível, onde a equipe trabalha em condições de extrema incerteza.
Portanto, podemos considerar como as principais características de uma startup:
1. Crescimento acelerado
A principal característica de uma startup é que elas são projetadas para se expandir de maneira incrivelmente rápida, sendo esse foco no crescimento um dos pontos que as diferenciam das pequenas empresas.
Sendo assim, as startups geralmente possuem alto burn rate (taxa de queima), ou seja, gastam muito mais dinheiro do que arrecadam nos períodos iniciais e frequentemente encontram suas contas negativas.
Porém, todo esse recurso é investido para o crescimento da empresa, geralmente contratando funcionários para acelerar o processo de expansão.
Quando ela começa a gerar lucro, paramos de considerar o negócio como startup, afinal, deixou de ser um negócio de risco e se tornou uma empresa sólida.
Portanto, podemos dizer que as startups são empresas temporárias, afinal, é um negócio que ainda não possui um modelo estável.
2. Modelo de negócio escalável
Um modelo de negócio escalável é capaz de aumentar a sua receita de modo desproporcional ao aumento de custo, gerando assim um lucro enorme. Assim, consegue crescer de maneira desenfreada, sem precisar alterar o modelo proposto.
Portanto, as startups buscam se tornar negócios sustentáveis, ou seja, ganhar mais dinheiro do que o negócio leva para funcionar. Vale lembrar, no entanto, que a partir do momento que ela se torna um negócio sustentável, deixa de ser uma startup.
Dessa forma, o foco da empresa muda, buscando melhorar suas principais métricas ao logo do tempo, como receita e lucratividade.
3. Capacidade de repetição
As startups possuem a capacidade de repetição, ou seja, conseguem entregar os mesmos produtos sem que seja necessário a customização em excesso ou alterações a curto prazo.
Para ser um negócio repetível, a startup deve ser capaz de entregar o produto em escala potencialmente ilimitada.
Sendo assim, não é viável para uma startup criar produtos personalizados ou adaptados, pois isso seria caríssimo. Pelo contrário, elas entregam o mesmo produto para todos os clientes, já que a meta é multiplicar.
Além disso, essas empresas também podem ser reproduzidas e aplicadas em outros seguimentos de acordo com a sua eficiência.
4. Inovação e incerteza
Como você deve ter percebido, uma das principais características de uma startup é justamente o seu envolvimento com novas ideias e o uso de tecnologias para desenvolver uma solução.
Ao atender a uma demanda de mercado, as startups focam em criar produtos dos quais os clientes não consigam viver sem ou que ao menos causem um grande impacto no seu dia a dia.
Dessa forma, conseguem reter seus clientes por longos períodos, o que torna seus lucros cada vez maiores.
No entanto, devemos lembrar que essa também é uma área de bastante incerteza, pois o mercado muda constantemente, além de outros imprevistos que podem acontecer.
5. Orientadas pela tecnologia
Embora as startups não precisem, por definição, serem orientadas para a área tecnológica, essa é a realidade da maioria dessas novas empresas.
As startups geralmente utilizam a tecnologia para atender a demandas de mercados e resolver problemas do público da empresa, permitindo assim um tremendo crescimento.
Como as startups são iniciadas?
As startups são iniciadas por um grupo de pessoas que possui uma boa ideia que atenderia a uma necessidade específica.
No caso da Uber e Airbnb, por exemplo, a necessidade dos consumidores era por serviços mais baratos e convenientes nos ramos de táxis e hotéis. Portanto, ambas começaram como startups transformando a ideia em um modelo tangível de serviço ou produto.
Inicialmente, chamamos a ideia de protótipo e é a partir dele que as startups conseguem financiamento.
Na maioria das vezes, essas empresas são financiadas por investidores privados ou até mesmo outras empresas que veem futuro na startup em questão e nos seus serviços.
Sendo assim, se a startup conseguir obter um financiamento, o próximo passo é focar completamente no desenvolvimento e lançamento do produto.
Esse é o momento em que muitas startups falham, afinal, a empresa está tirando a ideia do papel e aplicando na prática. Como sabemos, a realidade nem sempre funciona tão bem quanto nossos pensamentos.
Qual a diferença de uma startup para as pequenas empresas?
Inicialmente, você pode pensar que toda pequena empresa é uma startup, afinal, elas realmente possuem bastante semelhança. No entanto, existem alguns fatores-chave que diferencial completamente as duas.
Uma startup sempre é uma pequena empresa, mas uma pequena empresa nem sempre é uma startup. Essa frase fez sentido para você?
Para começar, as pequenas empresas recebem, na maioria das vezes, grande parte de seu financiamento de fontes não investidoras, seja através de empréstimos, doações ou principalmente, dinheiro do próprio fundador do negócio.
Assim, as pequenas empresas prezam a estabilidade a logo prazo, ao contrário das startups que se concentram em abordagens mais arriscadas.
6 tipos de startups
Conhecer o mercado para personalizar o seu negócio é apenas mais uma exigência para quem deseja empreender nos dias atuais. Portanto, não basta mais ter apenas uma ideia, você precisa ter visão para executar suas metas da melhor maneira possível.
Por isso, é fundamental conhecer a sua startup e como ela funciona.
Steve Blank, um mestre do empreendedorismo no Vale do Silício, autor de diversos livros sobre o assunto e desenvolvedor da metodologia Customer Development, define as startups em 6 tipos. Confira!
1. Lifestyle Startup
Uma Lifestyle Startup e aquela empresa onde todos amam o que fazem e com isso se motivam diariamente. Portanto, esse é o modelo de startup movido por sonhos pessoais, sendo o sucesso definido de acordo com o estilo de vida dos donos da empresa.
Sendo assim, esse não é um modelo de negócios voltado apenas para o lucro e dinheiro, mas sim realizações.
Se você é uma pessoa que prefere gerar lucro vivendo a vida que ama, sem que isso necessariamente te torne um bilionário nas capas da Forbes ou algo do tipo, esse pode ser o modelo do seu negócio.
Uma boa forma de investir para o sucesso de uma lifestyle startup é desenvolvendo aplicativos para aparelhos móveis.
Para você ter ideia, uma pesquisa realizada pela Flurry Analytics prevê que mais de 80% do tempo de uso dos smartphones é apenas para usar aplicativos, o que criou uma enorme oportunidade para novas empresas aumentarem a sua receita.
Mathew Jones, um ex-surfista australiano, aderiu a esse modelo de negócios se tornando professor de surf em tempo integral. Assim, Jones transformou essa paixão em dar aulas de surf em uma enorme rede de aplicativos móveis, sendo o mais famoso deles o iSufer. Além disso, trabalha em outros nichos, como fitness e bem-estar.
2. Small business startup
As small business startups são pequenas empresas criadas por pessoas comuns, muitas vezes um negócio entre família. Assim, os donos não querem se tornar grandes empresas, mas criar uma vida confortável para a família e amigos.
No entanto, elas também podem gerar empregos, desenvolver e gerenciais plataformas, sites, páginas e principalmente redes sociais. A principal diferença é que o capital dessas empresas vem de economias próprias, sem muita pretensão em crescer.
3. Scalable Startup
Também chamadas de empresas escaláveis, esse modelo de startup vive de capital de risco e empresário que desejam chamar a atenção de grandes investidores com a visão de um retorno milionário.
Sendo assim, elas possuem um potencial enorme de crescerem e se tornarem gigantes empresas.
Nesse caso, qualidade e estratégias são essenciais para gerar receita e continuar com custos baixos.
O Facebook, Uber, Airbnb e Google são ótimos exemplos de uma Scalable Startup.
4. Large Company Startup
Diferente das startups, as grandes empresas possuem ciclos de vida infinitos. No entanto, esses ciclos estão ficando cada vez menores.
Portanto, aquelas empresas que começam pequenas, mas possuem um produto revolucionário que as tornam conhecidas globalmente são consideradas Large Company Startups.
Porém, inovar já é um requisito para grandes empresas se manterem no mercado de maneira contínua.
A gigante da tecnologia Apple, por exemplo, começou em uma garagem. Através de inúmeros investimentos e inovações, hoje a empresa é uma das maiores do mundo.
Isso, pois sempre foi capaz de, não só acompanhar as tendências da tecnologia, mas também de cria-las.
5. Social Startup
Uma Social Startup é iniciada por empreendedores motivados a fazer a diferença no mundo ao seu redor. No entanto, eles não pretendem ser ricos ou poderosos, mas trazer benefícios para outras pessoas.
Sendo assim, essas startups podem ou não ter fins lucrativos, afinal, o que realmente importa é contribuir para a sociedade. Por isso, a maioria precisa de doações para financiar seus projetos.
Podemos citar, por exemplo, instituições de caridade.
6. Buyable Startup
As Buyable Startups são empresas que nascem para ser vendidas. Por isso, essas empresas possuem como principal destaque grandes ideias para atender a um nicho do mercado.
Inicialmente, o foco é consegui recursos para dar valor à ideia. Para isso, campanhas de crowdfunding ou investidores anjos são bastante comuns nessa etapa.
Dessa forma, inovações inteligentes e lucrativas conseguem chamar bastante atenção de investidores, seja no planejamento ou durante o desenvolvimento ou até mesmo após o lançamento da marca.
No mercado de apps e jogos mobile, por exemplo, são ótimos nichos para o desenvolvimento de buyable startups.
E aí, o que você achou das Startups?
Espero ter ajudado você com algumas dicas para se aventurar nesse mercado tão promissor.
#VamosEmFente!