Inovação: o que é e sua importância aos negócios

Entenda o que é inovação

Você sabe a diferença entre descoberta, invenção e inovação? Hoje iniciaremos um novo momento na nossa trajetória de te apresentar os melhores conteúdos. A coluna Vida Digital fica para trás após 60 (isso mesmo, sessenta!) episódios e iniciaremos o CBN Inovação, na Rádio CBN João Pessoa.

Neste primeiro episódio, vamos entender o que é inovar e como esse mecanismo se dá e se diferencia de descoberta e invenção. Com isso, vamos fazer uma reflexão para entendermos como se dão esses processos e de que forma são aplicados em nosso cotidiano.

Antes de mais nada, a ideia é nos deslocarmos do conceito que o mundo se modificou de tal ponto que o que ficou para trás não retorna. O que temos agora como evolução é de que estamos deixando de ser algo para entrarmos numa nova configuração tecnológica. Mas e o que também é tecnologia no meio disso?

Dessa forma, vamos entender as esteiras da evolução até chegarmos na inovação. Com isso, a partir de agora, saímos da vida digital para o que é possível no mundo real. Deixaremos de pensar que o que existe hoje faz parte de um passado ou um futuro. Estamos vivenciando um presente em que não permite que o mundo gire ao contrário. Clique na imagem abaixo e assista nossa participação na CBN.

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Nesta terça-feira (10), o nosso papo ganha uma nova roupagem. Estamos juntos para embarcar em pensamentos transformadores que podem ser aplicados aos nossos negócios, relacionamentos e como trabalhamos. Esta na hora de inovar.

Vamos falar sobre:

  • O que é descoberta?
  • Diferenças entre descoberta, invenção e inovação
  • Importância do Design Thinkin para inovação
  • História do Post-It
  • Inventor pode não ser empreendedor

Descoberta: a ação de encontrar

De acordo com o site Dicio, a palavra descoberta é a ação de descobrir, aquilo que se inventa, cria; invenção, criação. Pensando nisso podemos descobrir uma nova forma de fazer um bolo, construir um foguete para o espaço, oferecer um carinho e arrancar um sorriso. A descoberta é parte do cotidiano de todos e acontece de forma simples e inusitada.

Podemos, e devemos, ter métodos para descobrir algo novo ou redesenhar o que já existe. O mais importante é estar com o coração e alma prontos para este momento.

Invenção: seja um professor Pardal

Na escala evolutiva, o próximo passo é transformar a descoberta é uma invenção. Nesse caso, algo mais concreto que deixa de ser conceitual. Para que sua nova forma de fazer um bolo funcione, você precisará de todo um ambiente. Talvez uma forma especial que você criou, uma colher, alguma técnica para regular a temperatura e modificar o cozimento do bolo.

Para que esta descoberta se transforme em uma invenção você precisa ter um protótipo. Resumindo, você transforma o conhecimento em algo real que outras pessoas possam interagir.

E o que é inovação?

Tenho certeza absoluta que você está se perguntando: “Tá, Vinnie, beleza, mas o que é inovação afinal?” A resposta é curta e direta: A combinação destes dois conhecimentos com foco em ganhar dinheiro.

Inovação está ligada diretamente ao mercado. Primeiramente, descobrimos um conhecimento que não estava acessível a grande maioria. Segundo, transformamos o conhecimento em algo palpável, concreto, que pessoas possam interagir. Por último, com esses dois passos anteriores validados (ou seja, confirmados por todos que realmente é algo interessante não apenas para o idealizador), você apresenta isso ao mercado.

Em linhas gerais, o empreendedorismo está muito baseado nestes três pilares. Pelo menos deveria. Infelizmente, o alto índice de fracasso das empresas no Brasil (leia-se: empresa quebrada!) se deve ao fato dos empreendedores não seguirem minimamente estes três passos.

O empreendedor se depara com um problema do mercado. Ele propõe uma solução. Essa solução deveria ser validada com o mercado para, depois desta resposta de quem paga a conta ao final do dia, daí teríamos uma empresa.

Descobrir e inventar algo é relativamente fácil se comparado a dificuldade de transformar isso em inovação. Não necessariamente devemos criar algo com foco em ganhar dinheiro. Longe de mim podar sua capacidade criativa. Meu interesse aqui é demonstrar que se você tem um olhar mercadológico para seu processo, aí sim você está tratando de inovação.

Design Thinking como ferramenta de inovação

É muito importante frisar a importância do design neste processo de construção da inovação. Quando mencionamos esta palavra, para muitos, a primeira referência seria a estética. “Que obra bonita!”, “este carro tem um excelente design interior”, “O design desta estampa é lindo!”, entre outras tantas referências.

O design surge como elemento de solução de problemas. É algo muito maior que simplesmente executar algo bonito esteticamente. Cabe frisar que estética é algo também muito subjetivo. O que é “bonito” para mim pode não ser para você, concorda? Por esse motivo que o design possui interferência direta na solução de problemas e, em linhas gerais, busca-se também um conforto visual.

No vídeo abaixo, vemos a criação de uma solução de design para ampliar enormemente a qualidade de vida de pessoas que possuem distúrbios motores como o Mal de Parkinson. Utilizando conceitos da física a colher “combate” o tremor com movimentos nos sentidos opostos mantendo a estabilidade do utensílio. Este conceito também é utilizado em drones e estabilizadores de imagens para manter estes equipamentos mais “firmes” possível no cumprimento de suas ações.

Se combinarmos, em uma tradução “grosseira”, as duas palavras DESIGN e THINKING (pensamento), teremos a “solução de problemas através do pensamento”. Sendo assim, podemos agregar várias formas de pensamento em prol da solução de questões.

Exatamente assim que funciona o Design Thinking. A união de vários tipos de profissionais, com diversas formações, em prol da solução de um problema. Quando unimos essa pluralidade, agregamos visões cada vez mais próximas do nosso principal motivo para um negócio existir: nosso cliente. Sem ele nossos objetivos não estão completos visto que não estaremos atingindo resultados tangíveis e intangíveis.

Surgimento do Design Thinking

O Design Thinking surgiu conceitualmente em duas obras muito importantes. Em 1969, nas ciências, o livro “As ciências do artificial” de Herbert Simon apresenta as primeiras reflexões sobre o tema. Do ponto de vista de Engenharia, o livro “Experiencias in Visual Thinking”, do autor Robert McKim apresentou as reflexões iniciais sobre problemas sendo abordados por diversos players.

A difusão do conceito Design Thinking foi mundialmente apresentada pela consultoria IDEO, dos Estados Unidos. O livro “Design Thinking”, de Tim Brown (que foi um dos CEO da consultoria IDEO) apresenta as concepções da empresa sobre a interação, com método, de diversos grupos de profissionais em prol da solução de um problema.

Inovação como processo de transformação

Entendemos que a inovação é um processo de transformação positiva. A partir do momento que nos colocamos para solucionar um problema e, consequentemente, obtemos resultados financeiros está ocorrendo uma transformação em várias esferas.

Transformação significa sair de um ponto A para o ponto B. Contudo, o que para mim é positivo talvez não seja para você. A mesma subjetividade que encontramos no conceito estético que falamos acima teremos sobre conceitos de transformação. Einstein, ao propor a teoria da relatividade especial em 1905 e a teoria da relatividade geral em 1915, e nunca imaginaria que seu conhecimento seria transformado na bomba que matou milhares de pessoas em Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945.

A descoberta proposta por fórmulas matemáticas se transformou em uma invenção que afetou milhares de pessoas de forma negativa. O processo de inovação foi desenhado, por exemplo, em veículos como submarinos nucleares e usinas que produzem energia elétrica.

Post-it: invenção errada que virou inovação

Não sei se você sabe, mas a 3M é uma das empresas do mundo que mais investem em inovação. Todos os colaboradores, ainda hoje, são convidados a inovar. Todos possuem um banco de horas semanal voltado a criar e com intuito de inovar. Resumindo, a empresa te oferece tempo para pensar como ganhar dinheiro.

A história do surgimento do post-it, um dos produtos mais famosos e bem sucedidos criados pela 3M, começou de forma curiosa. As “lendas urbanas” dizem que um de seus cientistas, o Dr. Spencer Silver em 1968 estava desenvolvendo uma super-cola que “colaria tudo”. O que ele não esperava era que seu experimento funcionasse exatamente ao contrário. A cola que não colava nada! Isso mesmo, acabou surgindo uma cola que era muito fraca que não gerava aderência por longos períodos e facilmente poderia ser descolada.

E agora? O que fazer com esta invenção?

Dentro da 3M seria necessário apresentar esse experimento de alguma forma: A cola que não colava nada! Dr. Spencer apresentou por alguns anos seu projeto e em 1971 seu amigo Art Fry teve uma excelente sacada a partir de um problema que ele estava passando: Papéis voando enquanto cantava. Isso mesmo, ele era coralista na igreja e suas marcações de partituras ficavam voando durante suas apresentações. Ele não poderia parar para apanhar tudo enquanto cantava, não é mesmo?

Então, Art Fry teve a sacada de utilizar o invento do seu amigo Dr. Spencer Silver. Pegar a cola, passar em pedaços de papel e começou a marcar suas partituras. Eureka! A ideia funcionou e eles criaram o Post-it. A invenção foi validada internamente e, em 1974, distribuída com os moradores do estado de Idaho, nos Estados Unidos. A receptividade foi incrível e a invenção ganhou o mundo e em 1977 entrou no mercado comercialmente. Pra todo lado vemos pessoas utilizando Post-its em seus processos de organização – inclusive gerando mais inovação.

Inventor não necessariamente é um Inovador

O resumo de tudo que te apresentamos é que o inventor não necessariamente é um inovador. Agora podemos afirmar que todo inovador é um empreendedor. Como vimos a inovação está ligada diretamente ao empreendedorismo.

É muito importante que o empreendedor esteja atento a possibilidades continuamente. Todo negócio precisa se oxigenar com novos conceitos, atitudes, formas de atendimento para que teu cliente perceba diferenças.

Hoje em dia estamos muito atrelados as dinâmicas do Marketing Digital e somos bombardeados continuamente com conteúdos das mais diversas localizações geográficas. Nosso cliente está cada vez mais antenado e mais questionador, por consequência. Por esse motivo que necessitamos sempre buscar inovar onde estamos atuando profissionalmente.

O encantamento deve ser contínuo. Nenhum cliente deseja ficar “pulando de galho em galho”. Ele quer ser fiel a sua empresa basta que você cumpra o seu papel – entregar o melhor!

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Um forte abraço e #VamosEmFrente!

Indicações de livros sobre o assunto

O livro apresenta visões sobre inovação baseadas em Design. As estratégias sempre muito focadas em solução de problemas a partir da criação de produtos.

Infelizmente, não encontramos uma versão em traduzida para o Português mas sempre como uma excelente referência de conteúdo para estudantes e profissionais das áreas de humanas e tecnologia.

“Artificial” é usado neste livro num sentido muito específico: para indicar sistemas que têm uma determinada forma ou comportamento apenas porque se adaptam (ou são adaptados) ao ambiente, em vista de certos objetivos ou finalidades a atingir.

Assim, são artificiais em termos de comportamento, quer os artefactos feitos pelo homem, quer o próprio homem.

(extraído da sinopse do livro)

 

Este é um clássico do Design Thinking. Referência obrigatória para quem deseja se aprofundar na temática seja com visões voltadas ao mercado ou academia.

Inúmeros exemplos de implementações e estratégias aplicadas em casos reais da IDEO que é reconhecida como uma das principais consultorias no mundo relacionadas a Design Thinking e Inovação.

Excelente leitura! Colocamos ao lado o link para versões em Kindle e Papel.

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