Com a chegada do Covid-19, causado pelo coronavírus, a necessidade de resguardar cresceu nos últimos dias. Com um grande impacto em que mais de 130 mil pessoas já foram infectadas e mais de 5 mil mortes em todo mundo, a pandemia trouxe à tona discussões antigas, como as novas relações profissionais e o trabalho remoto.
Esse, de fato, não é um assunto novo, visto que cada vez mais estamos caminhando para trabalharmos e executarmos tarefas em outros lugares que não só dentro de uma empresa. Na coluna Inovação da Rádio CBN desta semana, discutimos sobre esse momento, mas falamos sobre como diversificar as formas de trabalho, visto que neste momento vamos precisar nos movimentar.
Na última semana, o Google for Startups Campus, prédio criado pela gigante de tecnologia para fomentar o empreendedorismo brasileiro, suspendeu o serviço no locais que existe: Madri (Espanha), Londres (Reino Unido), Seul (Coreia do Sul), Tóquio (Japão), Varsóvia (Polônia) e São Paulo. O programa de residência continuará acontecendo, mas as startups foram incentivadas a adotarem um home office voluntário.
Em São Paulo, a sede dispõe de sete andares e 2,6 mil metros quadrados de escritórios abertos, salas de reunião e auditórios. O edifício já recebeu 36 negócios residentes e outros 158 foram acolhidos em diferentes projetos de aceleração. Mas, precisou parar.
Depois do Google Campus, mais um espaço de empreendedorismo e trabalho compartilhado suspendeu suas atividades abertas ao público na cidade de São Paulo por conta do novo coronavírus: O Cubo Itaú.
Neste artigo, você vai entender como essas novas modalidades de trabalho remoto funcionam e no que elas beneficiam o empregador e o empregado. Além disso, vamos discutir como nos diferenciarmos em momentos de crise e inovar quando mudanças pedem. Vamos em frente?
Acompanhe:
- O momento pede trabalhos remotos
- De que momento estamos falando?
- Que softwares facilitam o trabalho remoto?
- Delivery, Ead e outros serviços vivem
- Precisamos ser criativos
- É uma revolução para além da crise
O momento pede trabalhos remotos
Nos últimos dias, estamos vivendo uma verdadeira loucura. Pronunciamentos governamentais estão sendo feitos para que a população fique em casa e busque a quarentena para não propagar o vírus do Covid-19. Escolas, espaços de educação e instituições de ensino estão fechados. Além disso, cinemas, teatros, shows, ou qualquer ambiente com capacidade para muitas pessoas em um só lugar não funcionarão por pelo menos 15 dias.
Essas são algumas das medidas tomadas por empresas públicas ou privadas. O clima de pânico é crescente, apesar de que o Brasil ainda apresenta um número pouco expressivo de casos da doença. Por outro lado, os comunicados não param de chegar. Universidades como icamp, UNB, ESPM e outras instituições de ensino já suspenderam suas atividades de forma preventiva.
Definitivamente, a economia e os negócios, sejam eles grandes ou pequenos, vão sofrer mudanças para se adaptar a essa realidade. Dólar em alta, poucas pessoas na rua, pouca compra, pouca venda. Infelizmente, os negócios precisam continuar para se sustentaram em um cenário de descontrole.
Recentemente, devido a onda de preocupação com o novo vírus , a Google anunciou que o Hangouts Meet está disponível para todos os usuários do G Suite. O recurso, que antes era pago, agora poderá ser utilizado gratuitamente por todos os clientes.
A ideia do Hangouts é realizar reuniões com mais de 250 pessoas e transmissões ao vivo para mais de 100 mil espectadores. Além disso, ele permite gravar e salvar as chamadas no Google Drive.
Além dele, existe a plataforma Zoom que existe como medida para a realização também de vídeo conferência para reunião e fechamento de negócios de forma online. A plataforma armazena as gravações das reuniões na nuvem, e as mesmas podem ser enviadas automaticamente para seu email.
De que momento estamos falando?
De toda forma, é preciso lembrar que apesar do momento de tensão e alerta para a saúde, esses modelos de trabalho surgem numa onda de mudanças que fazem parte de toda uma revolução do qual estamos passando. Agora, não precisamos mais ser presenciais e, sim, estar em presença seja online ou não. Estamos inovando! É um momento que não diz respeito à pandemias, mas a uma realidade crescente e necessária
Em um outro texto, falamos sobre como se deu a implementação desse momento e como o profissional atual se adequou aos novos formatos de mercado. Aqui, percebemos que a nova revolução utiliza de recursos altamente digitais para criar mecanismos de produção.
O que podemos observar é que o trabalho remoto, home office ou à distância oferece uma significativa melhoria nos modelos de trabalho e na gestão de funcionários e colaboradores. Com essa medida, as soluções ganham mais agilidade e o diálogo é impulsionado pelas ferramentas de comunicação, sempre à disposição dos profissionais.
O que vemos também é que aqui usamos os aparatos tecnológicos a nosso favor, afinal estamos por todo lado e conseguimos otimizar nosso tempo. Seja no trânsito, em casa, em um parque, ou até mesmo em um espaço de coworking, realizamos tarefas a todo momento. Tarefas essas que antes precisariam de um lugar fixo, um computador e ao menos algumas pessoas para executar diferentes serviços.
Que softwares facilitam o trabalho remoto?
Hoje em dia, com as infinitas possibilidades de organização e estruturação de um serviço de forma online, não fica difícil executar tarefas em casa. Existem softwares que nos ajudam a transicionar para o office como o Basecamp que é um exemplo de software de gerenciamento de projetos desenvolvido especialmente para quem trabalha com home office ou precisa fazer esporadicamente um trabalho remoto, durante uma viagem, por exemplo.
Essa é uma ferramenta paga com o objetivo de ajudar diferentes pessoas, situadas em localizações físicas distintas, a chegarem a um mesmo objetivo. Mas, claro, vamos falar aqui também daquelas que podem ser usadas de forma gratuita.
O Google Docs é um dos instrumentos mais usados para a criação, colaboração e compartilhamento, permitindo salvar arquivos em nuvem e compartilhá-los com seus contatos. Essa é uma ferramenta imprescindível para quem trabalha à distância, afinal não há necessidade um pacote office e o documento fica salvo em qualquer lugar sem necessidade armazenamento.
O melhor disso tudo é que com esse tipo de plataforma qualquer alteração feita pelos usuários fica registrada com nome, data e horário da modificação, beneficiando tanto a atuação conjunta como individual.
É preciso se organizar! Além de plataformas de reunião e compartilhamento de documentos online, há ainda ferramentas para se programar e delegar tarefas, como o Trello que funciona como uma solução de monitoramento de atividades e delegação de tarefas para quem faz trabalho remoto. Embora, a príncipio seja uma ferramenta de gestão de projetos, sua capacidade de otimizar o workflow nas empresas é grande.
O Trello é formado por cardsque podem ser fixados como post-its no layout da aplicação (board). É possível compartilhar esses boards, bem como marcar as pessoas em múltiplos cartões, facilitando o controle de quem faz home office e as atividades de supervisão remota.
Delivery, Ead e outros serviços vivem
Muitas universidades pararam. Mas, cursos, capacitações e especializações não param. Tampouco, a pesquisa. Nesse sentido, o modelo de Educação à Distância se intensifica. Com a paralisação de universidades e instituições de ensino, o EAD é a solução. Aqui, os alunos não precisam estar presencialmente e no mesmo ambiente e ao mesmo tempo para que ocorra a aprendizagem. Ou seja, ao invés de todos se encontrarem em uma sala de aula, com dia e hora marcados, cada um estuda em um horário diferente e onde quiser (em casa, na biblioteca, no trabalho, etc.). Revolucionário? Atual!
Esses serviços vivem e crescem para além de um momento de crise na saúde, na economia ou de qualquer outro desastre social. Os modelos vieram para, mais uma vez, otimizarmos nosso tempo e tornar atividades cômodas e possíveis. Antes, se gostaríamos de comer uma refeição diferente ou especial, tínhamos que nos deslocar para um restaurante ou uma lanchonete. Agora, com um cartão, um celular e poucos minutos podemos comer o que quisermos na hora que quisermos.
Fora isso, continuaremos a comprar! Precisamos movimentar o capital e, com certeza, medidas não vão faltar para que isso aconteça. Teremos lazer, mercado e remédios…Diretamente na mão! Com o alcool gel de lado, Netflix, Delivery de alguma comida, e seu trabalho sendo finalizado no computador, seremos individuais. Nossas comunidades vão ser individuais. E, ainda assim, estaremos ligados uns aos outros à distância ou não.
Precisamos ser criativos
É um grande momento de transição em que precisamos usar a criatividade, além de estarmos atentos ao que chega para aumentar a facilidade do nosso trabalho seja em casa, na rua ou na empresa. De fato, as grandes multinacionais e até mesmo pequenos negócios, esperam de nós, profissionais dessa nova realidade, jogo de cintura para nos mantermos atualizados diante de tantas mudanças.
Com as adversidades, precisamos nos recompor. No caso, agora, em um surto de pandemia que atinge o mundo todo, se desesperar não é a solução. Precisamos ser racionais e não deixar os negócios escaparem pelos dedos. Trata-se de algo preocupante, podemos ver, mas não podemos deixar que isso afete nossas emoções ao ponto de que não enxerguemos outras possibilidades de manter as coisas funcionando.
Bola pra fente! As contas chegam, os funcionários precisam receber e o serviço não podem ser engolidos por outras empresas. Até porque, nesses momentos, surgem ideias mirabolantes para que a economia continue a girar e precisamos estar posicionados nessa corrida.
Enquanto estamos em casa, nos refugiando em quarentena, precisamos comer, nos vestir, nos divertir, estudar. Para isso, precisamos de serviços rápidos, ágeis e eficientes. Mesmo que o surto atinja milhares, precisamos pensar que nós continuaremos existindo e que o cenário de caos não pode nos engolir.
Com isso, surgem deliverys, o modelo de educação à distância é mais procurado, serviços de home office crescem. Empresas grandes vão se manter ativos! Mas, os empreendedores devem sentir mais as crises, por isso é preciso sentar, pensar e planejar. E, claro, é preciso agir!
É uma revolução para além da crise
Inovar é revolucionar. Costumo dizer que o mundo não gira ao contrário. Estamos caminhando para uma grande revolução que não diz respeito ao corona vírus. Trabalho remoto é só mais uma de tantas mudanças que já aconteceram e que vão acontecer.
Teremos que ser ágeis para acompanhar tanta transformação e entender que elas são necessárias para que continuemos fazendo parte desse sistema. Teremos que nos permitir adentrar em novas possibilidades sem deixar de lado a nossa humanidade, claro. O que, nesse caso, é uma tarefa bem difícil. Precisaremos nos adaptar ainda melhor à vida e ter uma relação mais simples com os nossos bens.
Te convido a conhecer o livro “Economia Criativa 4.0- O mundo não gira ao contrário” onde há diversas reflexões e pesquisa à respeito desse novo movimento. No livro, escrito por mim, a palavra chave é disrupção para enxergar como a evolução da inteligência artificial afeta todas as áreas da indústria criativa.
A revolução propiciou que telefones fossem atendidos por softwares, por exemplo, e que GPS nos levem a lugares e nos diz o melhor caminho para chegar. Esses são apenas alguns exemplos que nos mostram como nossa vida se tornou dependente de inteligências alheias.
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Um forte abraço e #VamosEmFrente!