Se pararmos para pensar, o maior desafio de todos é desenvolver maneiras de agradar o próprio ser humano. Para falar a verdade, esse é o principal objetivo de qualquer área de estudo: romper as nossas limitações e transformar sonhos em realidade. Bem, o que melhor do que a realidade virtual para nos ajudar a imergir nesse mundo imaginário?
Até a pouco tempo atrás, a principal referência que tratava sobre o assunto era o filme Matrix. Porém, a possibilidade de viver em realidades alternativas já é algo que existe, graças às invenções da Revolução 4.0.
Por mais que pareçam sonhos malucos, experiências como andar no carro de Fórmula 1 de Lewis Hamilton, entrar em órgãos humanos ou até mesmo visitar outras nações sem precisar sair de casa estão cada vez mais comuns por meio da Realidade Virtual.
Para falar a verdade, muitas pessoas devem ter ouvido falar dessa tecnologia no mundo dos games, onde é mais comum, e não é para menos. Porém, a tendência é que esses equipamentos dominem todas as áreas, desde entretenimento, até saúde e educação.
Por isso, nesse episódio da coluna Vida Digital, falaremos sobre o que de fato é Realidade Virtual e como ela ajudará a humanidade a dar os primeiros passos para se tornar “onipresente e onipotente” no mundo virtual.
Sendo assim, vou te mostrar tudo sobre a Realidade Virtual nesse texto. Confira!
- O que de fato é Realidade Virtual?
- O desenvolvimento da educação com a Realidade Virtual
- O impacto da Realidade Virtual no mundo dos negócios
- Como a Realidade Virtual ajuda a salvar vidas
- A Realidade Virtual será a nova forma de comunicação!
- O perigo existente na Realidade Virtual
O que de fato é Realidade Virtual?
Basicamente, a Realidade Virtual é uma tecnologia capaz de enganar os sentidos do usuário através de um ambiente virtual.
Esse conceito muitas vezes é confundido com a realidade aumentada, afinal, são bastante parecidas. A principal diferença é que a realidade virtual age em todas as esferas dos sentidos humanos, enquanto a realidade aumentada afeta, geralmente, um único sentido por vez.
Sabe quando você entra em uma loja de doces e de repente sente aquele cheiro que provoca uma enorme nostalgia da sua infância? Ou quando você captura novos Pokémons para a sua coleção em locais “reais” no Pokémon GO? Esses são ótimos exemplos de uma realidade aumentada.
Por outro lado, a realidade virtual consegue estimular diversos sentidos do corpo ao mesmo tempo a partir de efeitos sonoros, táteis e principalmente visuais. Dessa forma, a tecnologia causa uma imersão incrível em um ambiente simulado pela computação.
Ao contrário do que você pode pensar, essa é uma tecnologia que vem sendo estuda há alguns séculos. Os primeiros experimentos sobre realidade virtual foram possíveis graças aos estudos de Sir Charles Weatstone, em 1838, quando demonstrou que o nosso cérebro conseguia processar informações em três dimensões.
A partir dessa descoberta, o cientista desenvolveu e patenteou o estereoscópio, uma espécie de óculos capaz de proporcionar uma visão tridimensional em diversas obras de arte.
No entanto, foi no ano de 1968 que foi possível desenvolver o primeiro protótipo do que conhecemos hoje como Oculus VR. Desenvolvido por Ivan Sutherland, a “espada de Dâmocles” foi o primeiro visor de realidade virtual.
Embora fosse completamente inviável para o uso caseiro, a máquina foi bastante importante para o desenvolvimento da tecnologia, afinal, conseguia reproduzir de maneira inovadora os formatos 3D.
Realidade Virtual como principal inovação para o entretenimento
Sem dúvidas, a principal base do atual desenvolvimento da realidade virtual está voltada para o mercado de entretenimento.
Na China, por exemplo, existe um parque temático na cidade de Guizhou, chamado de Vale Oriental de Ficção Científica. Os turistas possuem mais de 35 atrações, entre elas pular de bungee jump virtualmente, andar de montanha-russa fictícia e até mesmo criar avatares que participam de batalhas alienígenas.
Isso, pois projetos como o óculos Rift conseguem inserir o usuário completamente para nos jogos, com imersão total dos sentidos.
Nesse caso, ele é capaz de se mover, visualizar objetos e paisagens e escutar sons que deixam o ambiente ainda mais real. Ou seja, o simples ato de mover a sua cabeça influencia na plataforma.
Por isso, grandes franquias como Skyrim, Resident Evil e Batman vêm apostando nessa nova tecnologia com lançamentos de jogos adaptados à realidade imersiva.
Não apenas isso, mas até mesmo o mercado do cinema tende a mudar bastante por conta da realidade virtual.
É bastante lógico pensar que, em pouco tempo, as TV’s e cinemas não serão mais necessários por conta da praticidade que a realidade virtual nos proporciona, como mostra o comercial abaixo.
O desenvolvimento da educação com realidade virtual!
Como professor, não posso deixar de pensar que a realidade virtual é perfeita para o desenvolvimento dos alunos em salas de aula. Isso, pois essa tecnologia consegue realmente tornar o aprendizado mais prático e ilustrativo, sem contar que deixa tudo mais interessante, pois melhora a compreensão de assuntos complexos, a absorção de conteúdo e reduz distrações.
No Brasil, a Positivo Informática possui um projeto chamado Na Real, ao qual leva às escolas vídeos em 360 graus sobre diversos temas, como os cuidados contra a dengue. O objetivo é aproximar os alunos ainda mais do assunto, criando a conscientização de maneira segura.
Além disso, a Beenoculus, uma empresa brasileira de tecnologia, também contribui bastante para o desenvolvimento dos equipamentos de realidade aumentada, virtual e mista. A empresa tem como objetivo desenvolver óculos de realidade virtual acessível e resistente, mirando esforços à área educacional.
A ideia é que, ao invés de uma simples leitura, os estudantes tenham um repertório de informações muito maior.
Veja a seguir algumas das principais contribuições da realidade virtual para a educação!
Visitas de Campo
Poucos estudantes possuem a oportunidade de conhecer grandes centros de pesquisa do Brasil e do mundo, principalmente por conta da fortuna que é necessária para realizar essas viagens. As visitas de campo para universitários e estudantes acabam se tornando muito mais fáceis e baratas quando feitas virtualmente.
Um dispositivo como o Oculus Rift, por exemplo, pode facilmente se tornar uma alternativa às viagens, permitindo um alto nível de imersão e interação com uma “faculdade virtual”. Com auxílio desses headsets, os estudantes podem andar pelos museus mais importantes do mundo.
Esse assunto é tão sério, que até mesmo o Google já começou a colaborar para que isso se torne realidade. Em 2015, o projeto Google Expeditions foi lançado e promete que, nos próximos anos, diversos alunos poderão viajar pelos computadores.
Simulação de eventos históricos
Em um projeto desenvolvido pela startup Immersive VR Education, os especialistas desenvolveram diversas maneiras de aplicar a realidade virtual no ensino. Com os equipamentos, os alunos conseguem visualizar o sistema solar, caminhar nas ruas da Roma antiga e até mesmo explorar os destroços do Titanic.
Em seu projeto mais famoso, chamado “Apollo 11”, os usuários acompanham todo o pouso e exploração na Lua a partir da perspectiva de Neil Armstrong.
A oportunidade de ver um acontecimento histórico com os próprios olhos é, sem dúvidas, uma forma quase perfeita de ensinar de forma que os estudantes absorvam o máximo possível do conhecimento.
Preparação para situações de risco
Durante o evento Welcome Tomorrow que foi recentemente realizado em São Paulo, tive a oportunidade de interagir com inúmeras empresas que estavam exibindo iniciativas relacionadas à realidade virtual.
Sem dúvidas, o que mais me impactou foram os simuladores de alta precisão para exibição de órgãos humanos por meio da realidade virtual. Esse projeto foi exposto pelo hospital Albert Einstein, que utiliza serviços em parceria com a startup MedRoom para aprimorar o treinamento de médicos e estudantes.
A Microsoft também não ficou para trás no desenvolvimento da realidade virtual para educação.
Em uma recente apresentação, diversos estudantes foram aos palcos para mostrar como é feita a utilização dos equipamentos VR para estudar anatomia. Nessa ocasião, eles conseguiram examinar as camadas do corpo humano, sendo possível dar zoom e observar ossos e órgãos bem específicos.
O impacto da realidade virtual no mundo dos negócios
Já parou para pensar como a realidade virtual pode impactar no mundo dos negócios? Pense isso no Marketing Digital.
O principal objetivo dos empreendedores desse ramo é, basicamente, criar um conteúdo de qualidade que consiga ajudar outras pessoas e, consequentemente, gerar uma renda sobre isso. Porém, tudo isso gira em torno de textos e vídeos.
Já pensou como seria ensinar com imersão 3D, ou para os seguidores, aprender com um óculos VR?
Não apenas isso, mas em qualquer negócio, o cliente pode ficar imerso em inúmeras ações para testar e visualizar produtos 3D, fazer test drives e até mesmo experimentar roupas.
Resumindo, o mercado de negócios se tornaria muito mais prático e objetivo, beneficiando tanto os vendedores, que conseguiriam apresentar melhor os seus produtos, como compradores, que teriam a oportunidade de testar através da imersão de realidade.
Como a realidade virtual ajuda a salvar vidas
Outro tema que está cada vez mais comum na utilização da tecnologia em todo o mundo, é a ideia de utilizar a VR para o tratamento de fobias e traumas. Já existem alguns aplicativos, como o Face your Fears, que ajuda as pessoas a enfrentarem os seus maiores medos através dos computadores.
Além disso, empresas como a DeepStream VR e a Firsthand, em parceria com a Universidade de Washington, já conseguem produzir soluções que aliviam as dores dos pacientes nos hospitais. Nesse caso, os jogos de realidade virtuais acabam reduzindo até 70% da dor das pessoas apenas distraindo a mente com jogos imersivos.
Já na Universidade de Stanford (EUA), por exemplo, foi desenvolvido um software para VR que é capaz de simular cirurgias endoscópicas dos seios da face. Dessa forma, os profissionais conseguem ensaiar e treinar diversas vezes quais são os procedimentos para trazer os melhores resultados para o paciente.
A Realidade Virtual será a nova forma de comunicação
Já parou para pensar como é fácil conversar com outras pessoas nos dias de hoje? Os telefones e aplicativos de vídeo chamadas, por exemplo, tornam a comunicação com qualquer pessoa do mundo possível com apenas alguns cliques.
A partir de agora, acredito que o desenvolvimento do meio de comunicação está basicamente esperando a inclusão da realidade virtual.
Em pouco tempo, seremos capazes de viajar com amigos e colegas, ir ao cinema, praticar esportes e muito mais, sem precisar sair de casa.
Porém, esse assunto nos leva para uma questão bastante importante sobre o desenvolvimento da tecnologia, sobre como as mais simples interações sociais podem estar ameaçadas.
O perigo existente na Realidade Virtual
Um dos grandes desafios que a realidade virtual teve durante o seu início foi justamente a sua comparação com o LSD na década de 1960, com o surgimento da “Espada de Dâmocles”.
Sim, você não leu errado, muitos especialistas tinham medo do desenvolvimento dessa tecnologia, pois era bem difícil transmitir a sensação de ter os seus olhos e ouvidos “transportados” para outra realidade, principalmente nos círculos universitários.
Com base nessas primeiras impressões da tecnologia, muitas pessoas ainda acreditam que a realidade virtual pode ser tóxica ao nosso desenvolvimento.
No filme “O Jogador Número 1”, é bem perceptível o conceito de “fuga da realidade” que o VR pode causar. Para quem ainda não assistiu, a história se passa em uma Cleveland, Ohio, pós-apocalíptica, onde o personagem principal, Parzival/Waze é motivado a viver dentro do Oasis, um universo digital.
Durante o desenvolvimento da trama, o filme deixa muito claro que o mundo virtual e o real colidem de maneira drástica, o que pode causar grandes conflitos sociais.
No entanto, acredito que o principal problema do século XXI será a intensificação do vício em videogames, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como uma desordem mental e comportamental.
Portanto, é preciso ter bastante cuidado na hora da utilização da realidade virtual para o entretenimento para que ela não se torne simplesmente uma válvula de escape para uma outra realidade.
Conheça o livro!
O mundo está vivenciando pela primeira vez, em tempo real, uma revolução industrial que permeia a economia criativa. Eu te pergunto: Você está preparado para este desafio? De certo, este movimento não tem mais volta, daí surge a expressão: O mundo não gira ao contrário. Este ano, tive a alegria de publicar um trabalho cheio de reflexões, conhecimento e descobertas do período mais perturbador da história da humanidade.
O livro “Economia Criativa 4.0 – O mundo não gira ao contrário” é resultado de um processo intenso de aprendizado e imersão. O mundo mudou seu curso; as pessoas mudaram a forma como se relacionam umas com as outras e como interagem com ambientes em torno. Vivemos agora, em um momento de mudanças radicais, chamado de 4ª Revolução Industrial que muda todos os aspectos de nossas vidas, negócios, da economia e da sociedade.
Com isso, convido você a mergulhar comigo nessa jornada. O livro é fruto de uma pesquisa realizada durante dois anos sobre um novo movimento mundial. Para as pessoas antenadas com as revoluções tecnológicas, sociais e econômicas o termo revolução industrial já faz parte das rodas de conversas. O livro já está disponível! Vai ser uma honra compartilhar desse bate papo com você.
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Fique ligado! Toda semana teremos um momento especial aqui no blog e no Youtube voltado para o livro. Assim, nos próximos encontros, vamos acompanhar entrevistas com outros nomes importantes no processo criativo do livro e que são personagens fundamentais na cidade Olinda. E não para por aí! Estamos apenas no primeiro capítulo, a ideia é te levarmos para dentro do livro e que você entenda a partir de que cenário, desenvolvemos um material super atualizado sobre a revolução que estamos vivenciando.
Em suma, como educador e jornalista, trago o que tem de mais novo e bem apurado sobre o assunto. Vamos trocar figurinhas? É muito importante ter sua contribuição! E, claro, em caso de alguma dúvida, entre em contato. Juntos, vamos entender como a revolução 4.0 está influenciando nações e decisões em todo o mundo.
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